Ligiana

Ligiana vem de Brasília, capital inventada por Lucio Costa e Oscar Niemeyer, símbolo do modernismo brasileiro. Como boa brasiliense, mesmo tendo nascido em São Paulo, não esquece sua infância diante de um céu de 360 graus. Em Brasília, teve suas primeiras experiências na dança e no teatro, aos doze anos estreou como Antígona criança no Teatro Nacional. Como bailarina não foi além da ponta, mas o drama e a comédia sempre farão parte de sua natureza. Em 2000 se formou em Canto pela Universidade de Brasília, tendo antes cursado a Escola de Música da mesma cidade. Logo depois ela atravessou o oceano e viveu na Itália e na Holanda, onde estudou música barroca, musicologia e fez diversas aparições em performances de arte contemporânea.

A música brasileira esteve sempre presente entre seus interesses artísticos e ultimamente virou o centro de sua dedicação como cantora e musicista. A agilidade do chorinho, a cadência do samba e as particulares expressões da melodia brasileira estão hoje em seu repertório e em seu cotidiano. Ligiana sempre foi fascinada tanto pelas tradições musicais clássicas e populares, da musica antiga ao rico folclore brasileiro, quanto pela contemporaneidade.

Ela tem se apresentado em Paris e outras cidades da Europa acompanhada ora por um piano, ora por um trio ou quarteto regional e outras formações. Ligiana escreve, atualmente, uma tese de doutorado sobre as velhas amas de leite na ópera barroca italiana. Estes são personagens que tem origem no teatro popular e que se inserem nas tramas operisticas como um necessário rompimento de fronteiras entre a praça pública e o mundo erudito. É esta e outras fronteiras que alimentam a curiosidade e a musicalidade de Ligiana.
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