Sapotone

Agora sim, tá tudo babilonizado. Sapotone chega com a nova trilha da Babilônia. E o buraco, que já era fundo, agora é mais embaixo. Aumente o som, decifre as estatísticas, não seja apenas uma letra morta, e salve-se quem puder, vivemos o perigo da hora. Soam as trombetas: Sapotone & The Love Rockers na arena.

Pode me chamar que eu vou/ Eu vou/ quando me quiser eu vou/ eu já tô ai. É o futuro do presente, música de Fábio Trummer (banda Eddie), na levada lisérgica deste novíssimo disco. Pura maresia babilônica que não enferruja as juntas. Puro óleo de máquina que amacia as dobradiças e renova o esqueleto no sossego do lar-doce-lar ou no rebuliço da pista.

No seu condensado de 11 faixas, Sapotone & The Love Rockers cutucam o juízo alheio na maciota do funk, samba, rock & jazz... e ainda dão o troco em groove, em espécie. Sim, a clássica Babilonizado, que já havia dado as caras em coletânea, agora reaparece para combater a histeria da metrópole.

Parece que você não quer falar com ninguém/ Eu te entendo. Esta aí é Mesmo assim, a música cinco, que diz tudo sobre o tão longe tão perto das criaturas do labirinto, a diva incomunicável, a deusa borrada da manhã que tem sol lá fora e melancolia lá por dentro.

Ao som do Sapotone eu viajo na cidade. Tranqüilo na Vibe vem na cadência free-style e cita os bambas da Nação ao Sound System. E maresia enfumaçada, again, vinga na faixa Sossegado, quando o sol nasce além, muito além das máquinas desligadas.

Músico com ficha corrida de primeira, Sapotone, cantor, compositor e baterista, integrou os Los Sea Dux, a Jambroband (banda de Otto), além de participar das gravações de discos dos grupos Mundo Livre S.A., Pin Ups, Mamelo Sound System, Instituto e ZÁfrica Brasil, Eddie, Kaya na Real, Estela Cassilatti, entre outros.

Neste disco, conta com uma camaradagem de músicos & produtores ilustrísssima, reparem só: Gustavo Lenza, maestro Daniel Ganjaman, Curumin, Max B.O., Rodrigo Brandão, Tuca Camargo, Quincas Moreira, Alexandre Basa, Marco Axé, DJ Marcelinho, entre outros.

É o massivo ataque de Sapotone, certeiro como uma agulha que roda e vira, nos vincos dançantes da carnaúba, no giro sossegado de um vinilzão em chamas.

"Sapotone & The Love Rockers e a Babilônia em Chamas"
por Xico Sá
Previous
Next Post »

3 comentários

Write comentários
Anônimo
AUTHOR
09/09/2009, 13:59 delete

SAPOTONE ORIGINAL ROCKER

Reply
avatar
Anônimo
AUTHOR
09/09/2009, 14:01 delete

o SHOW DESSE CARA É BOM DEMAIS !!

Reply
avatar
Anônimo
AUTHOR
26/01/2011, 19:55 delete

Por onde anda Sapotone ?
Muito bom !!!

Reply
avatar