Elisa Paraíso

A cantora Elisa Paraíso confessa que não esperava a surpreendente repercussão na estreia da carreira fonográfica independente. “Fiz um disco de repertório aparentemente mais difícil, de instrumentação diferenciada”, justifica, ao falar, empolgada, do sucesso do CD Da maior importância, cujo batismo vem da composição homônima de Caetano Veloso, considerada uma espécie de “lado b” do compositor baiano. Atração do Verão Arte Contemporânea (VAC), em apresentação única hoje à noite, na Fundação de Educação Artística (FEA), a intérprete de timbre agradável e desenvoltura no canto volta a apresentar o disco ao público de Belo Horizonte, do qual vêm se destacando na programação das FMs canções como Coração vulgar, de Paulinho da Viola, e Imitação, de Batatinha, além da própria faixa-título.Depois da temporada de 40 dias em Nova York, onde teve a oportunidade de se apresentar em vários espaços, inclusive ao lado de Jorge Continentino e Guilherme Monteiro, que integram a banda Forró in the Dark, que faz forró no exterior, com guitarras distorcidas e outras pegadas. Em novembro, Elisa retornou ao Brasil para fazer o projeto Música independente, da Fundação Clóvis Salgado, preparando-se, agora, para viajar pelo interior do estado, em março, no projeto Conexão Vivo. São João del-Rei, na região das Vertentes, e Uberândia, no Triângulo, estão na agenda da cantora, que promete lançar, em junho, o disco dedicado a Luiz Gonzaga.O Lua Em O Nordeste de Luiz Gonzaga, Elisa Paraíso quis trazer para a música (normalmente alegre) a tristeza das letras do repertório do mestre do baião. “O repertório de Lua tem aquele lado malicioso, mas eu sempre me identifiquei mais com a história do povo sofrido, dependente da terra e da chuva”, conta a jovem cantora, que, acompanhada apenas da sanfona de Toninho Ferragutti, conseguiu transformar o xote A morte do vaqueiro em algo parecido com o tango. “Ficou lindo”, derrete-se a intérprete. O único forró propriamente dito do disco – Estrada de Canindé – virou um legítimo pé-de-serra. No mais, Elisa fez questão de mexer nas harmonias e instrumentação da obra de Luiz. Fugindo do óbvio, ela deixou sucessos como Asa branca para o show. Mas o disco não renega Assum preto, Respeita Januário e tantos outros. Produto de um show apresentado pela cantora no projeto Dois tempos, O Nordeste de Luiz Gonzaga é produto da paixão de Elisa por festas juninas e, obviamente, Luiz Gonzaga, desde a infância.
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1 comentários:

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Harley
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17/03/2009, 18:46 delete

AGENDA DE SHOWS
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21 mar 2009, 20:00 08:00 PM - Conexão Vivo de Música
, Uberlândia, Minas Gerais -

Conexão Vivo

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